Abscesso anal: O Dr. Paulo Branco irá comentar o artigo de atualização sobre os abscessos anais escrito pelo Colégio Americano de cirurgiões, com ilustrações e casos clinicos enviadas pelas internautas.
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A. Introdução:
- Os abscessos anorretais e as fístulas anais representam diferentes fases de um espectro patogênico comum. O abscesso representa o evento inflamatório agudo, enquanto a fístula representa o processo inflamatório crônico.
B. Abscesso perianal:
Anatomia:
- O sucesso na erradicação da supuração e da fístula anorretal requer um conhecimento profundo da anatomia anorretal. É essencial a compreensão da existência de eventuais espaços anorretais.
- O espaço perianal está localizado na área da margem anal. Continua-se lateralmente com a gordura isquioanal ( gordura que ocupa o espaço lateral do canal anal e reto) e medialmente com a parte inferior do canal anal. É contínuo com o espaço entre os músculos formadores dos esfíncteres anais.
- Noventa por cento de todos os abscessos anorretais resultam de infecções das glândulas anais, enquanto o restante resulta de outras causas.
Glândula: |
- A obstrução do ducto da glândula anal, resultará em estase da secreção, infecção e formação do abscesso perianal que drenará e formará a fístula perianal.
Fístula: |
Fístula perianal: |
- Os fatores predisponentes para a formação da fístula anal, incluem diarreia e traumatismo sob a forma de fezes endurecidas.
- Os fatores associados podem ser as fissuras anais, infecção de um hematoma, ou doença de Crohn.
Inespecífica, criptoglandular, doença de Crohn, colite ulcerativa, infecção, tuberculose, traumatismos, corpo estranho, cirurgia, episiotomia, cirurgia de hemorroida, cirurgia da próstata, leucemia, linfoma radioterapia.
Classificação:
- De acordo com a sua localização nos espaços anorretais potenciais, podem ser classificados, em:
Ver a figura:
Sintomas:
- Dor, tumefação e febre são as principais características associadas ao abscesso.
- Dor retal grave acompanhada de sintomas urinários como ardência, retenção ou incapacidade de urinar pode ser sugestiva de abscesso entre os músculos formadores dos esfíncteres anais superficiais e profundos.
Exame clinico ou físico:
- Inspeção: Evidenciará uma área avermelhada, tumefeita com flutuação.
- Nos abscessos profundos o exame retal e vaginal poderão ser extremamente doloridos.
- Exames endoscópicos são inadequados pela dor e desconforto que poderão causar.
Tratamento:
- Basicamente, o tratamento de um abscesso anorretal consiste em incisão, drenagem e antibióticos adequados.
- Raramente, o atraso no diagnostico e tratamento dos abscessos anorretais poderá resultar em infecção necrotizante e óbito.
Cirurgia: Abscesso
- A drenagem deverá ser feita através de uma incisão cruciforme ou elíptica, retirando-se os bordos para evitar um fechamento precoce da pele. A drenagem dos abscessos perianais poderá ser realizada sob anestesia local.
Drenagem: |
Os abscessos anais superficiais poderão ser drenados sem a utilização de drenos e os abcessos profundos, poderão ser drenados com drenos laminares ou mesmo com o auxilio de cateteres de borracha maleável com extremidade em forma de cogumelo de 10-16 French, inserido através de uma cânula na cavidade do abscesso.
Dreno: |
- Entre os pacientes com abscessos drenados, 11% podem desenvolver fístula enquanto 37% podem desenvolver recidiva do abscesso anal. Isso ocorre com maior frequência nos abscessos anais profundos.
- A falha em identificar uma abertura interna poderá ocorrer em 66% dos pacientes.
- 50% dos pacientes após o primeiro episodio da formação de um abscesso, não formaram fístula.
- Fistulotomia: Consiste na abertura do trajeto da fístula perianal. Fazer se tiver experiência e se achar o orifício interno no momento da drenagem do abscesso.
Cuidado: A insistência na busca de uma fístula poderá levar à formação de um falso trajeto e secção desnecessária do músculo esfíncter anal com risco de incontinência anal.
Abscessos anais x HIV:
- Os pacientes que são soropositivos para o vírus da imunodeficiência humana ( HIV) e apresentam abscessos necessitam de drenagem, quer por incisão e drenagem ou por cateter.
- Como estes pacientes são imunodeprimidos, devem ser usados antibióticos.
- Os esforços devem ser dirigidos para manter pequenas feridas, pois esses pacientes correm o risco de má cicatrização. Um aumento da incidência de sepse ou infecção perineal grave pode ser observada em pacientes HIV- positivos.
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