Mulher: Distúrbios sexuais
Medico: Dr.
Paulo Branco
Muitas mulheres
têm dificuldades sexuais em algum momento de suas vidas. Com frequência,
trata-se de um problema temporário que se resolve por si mesmo. Porém às vezes
o problema persiste e causa angústia. Esse tipo de problema cai na categoria
geral de disfunção sexual feminina.
Informações elementares:
A disfunção sexual
refere-se a um problema persistente e recorrente encontrado em ou mais dos estágios da resposta sexual,
afetando negativamente seu relacionamento com seu parceiro. A disfunção sexual
pode ocorrer em mulheres de todas as idades, mas durante a menopausa metade de
todas as mulheres – ou até mais – pode ter problemas sexuais.
Os médicos e os
terapeutas geralmente dividem a disfunção sexual nas mulheres em quatro
categorias:
- Baixo desejo sexual:
Sua libido está em
baixa, ou você não sente impulso sexual, e está angustiada por isso. Este é o
tipo mais comum de distúrbio sexual entre as mulheres.
- Distúrbio da excitação sexual:
Seu desejo de sexo
está intacto, mas seu organismo não produz lubrificação para mantê-la excitada
durante a atividade sexual.
- Distúrbio orgásmico:
Você tem uma
dificuldade persistente ou recorrente ou demora a chegar no orgasmo após
suficiente excitação sexual e estímulo contínuo. Se você jamais teve um
orgasmo, o distúrbio é denominado de distúrbio orgásmico primário. Numa mulher
que antes tenha chegado ao orgasmo, mas que já não o atinge, ele é chamado de
distúrbio orgásmico secundário.
- Distúrbio da dor sexual:
Você tem dor
associada as estímulo sexual ou ao contato vaginal. A dor genital recorrente ou
persistente associada às relações sexuais é chamada de dispareunia. Se você tem
espasmos dolorosos e involuntários dos músculos em torno da entrada da vagina,
a condição será diagnosticada como vaginismo.
Fatores de risco:
Vários fatores
podem causar ou contribuir para a disfunção sexual nas mulheres. Eles
geralmente são classificados em três categorias:
1- Físicos:
Há numerosas
condições físicas que podem causar ou contribuir para problemas sexuais,
incluindo artrite, diabetes, dores de cabeça e dificuldades urinárias ou
intestinais. A fadiga é um fator bem reconhecido. Certos medicamentos,
incluindo alguns antidepressivos, medicamentos para a pressão arterial,
sedativos e anti-histamínicos, podem atuar diminuindo o desejo sexual, reduzir
a lubrificação ou a sua capacidade de atingir o orgasmo.
2- Hormonais:
A deficiência de
estrogênio depois da menopausa poderá resultar em alterações em seus órgãos
genitais e em sua resposta sexual. As dobras de pele que cobrem sua região
genital (lábios) se retraem e se tornam mas finas, expondo mais o clitóris.
Essa exposição aumentada pode reduzir a sensibilidade do clitóris, ou pode
causar uma sensação desagradável de prurido.
À medida que você
envelhece, também leva mas tempo para que a vagina inche e se lubrifique quando
você está sexualmente excitada. A abertura da vagina também pode ficar mas
estreita e o interior, menos elástico. Esses fatores podem levar a uma relação
sexual difícil ou dolorosa ( dispareunia), e pode-se levar mais tempo para se
atingir o orgasmo.
3- Psicológicos e sociais:
Dificuldades
emocionais como estresse, raiva, ansiedade ou depressão podem causar ou
contribuir para problemas sexuais. Seus sentimentos em relação a sua parceira
ou sua visão do seu corpo ou da parceira, são fatores adicionais que podem se
combinar para causar problemas sexuais.
Tratamento:
As causas
externas, como o uso de medicamentos poderão ser mudados se possível, pelo seu
medico.
Se você está na
pós-menopausa e com sintomas característicos de deficiência hormonal poderá
tratar com a reposição estrogênica via vaginal na forma de creme. O uso de
lubrificantes vaginais adequados poderão aliviar as dores durante a relação.
Exercícios físicos
propostos por Kegel para aumentar o tônus dos músculos perineais envolvidos no
orgasmo feminino poderão ser feitos para aumentar o prazer. A psicoterapia está
indicada quando problemas psicológicos ou de relacionamento podem está afetando
o seu bem está sexual.
Atitude: O que pode ser feito?
Independentemente
de sua idade, é importante não esquecer sua sexualidade. Eis algumas
estratégias para melhorar seu desejo sexual e ter maior satisfação:
- Comunicação aberta com a sua parceira:
Discuta as
alterações físicas pelas quais você ou sua parceira possa estar passando e o
que vocês podem fazer para satisfazer um ou outro durante o sexo. Isso pode
envolver a tentativa de diferentes posições que tornam a relação sexual mais
confortável, ou ter sexo numa hora em que você esteja com o máximo de energia.
- Diga a sua parceira exatamente o que você quer e o
que não quer.
Se for mas fácil,
guie as carícias da sua parceira.
- A relação está previsível, tente alguma coisa nova
ou diferente:
Capriche em um
novo visual ou cenário, faça e se torne uma surpresa. Escolha uma hora
diferente do dia para namorar ou para
fazer amor.
- Mantenha-se sexualmente ativa:
A atividade sexual
regular pode aumentar a intimidade e melhorar seu relacionamento com a sua
parceira. Ela também melhora a lubrificação vaginal e ajudará a manter os
tecidos vaginais mais flexíveis.
-
Cuide-se
Alimentar-se da maneira correta com uma alimentação
equilibrada ou balanceada associada a pratica regular de atividades físicas
aumentara os anos com uma excelente qualidade de vida. Com certeza você terá
uma vida sexual com mas disposição e felicidade, mesmo na menopausa.
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