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terça-feira, 29 de julho de 2014

Abscesso anal: Diagnostico e tratamento imediato.

Abscesso anal: O Dr. Paulo Branco irá comentar o artigo de atualização sobre os abscessos anais escrito pelo Colégio Americano de cirurgiões, com ilustrações e casos clinicos enviadas pelas internautas.



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Clinicas:

Proctologista no bairro da Lapa São Paulo:

Mônica:













Proctologista no bairro da Vila Nova Conceição, São Paulo:




Fatima


















Proctologista no centro de São Paulo, na Pç da Republica:


Renata

















A. Introdução:
- Os abscessos anorretais e as fístulas anais representam diferentes fases de um espectro patogênico comum. O abscesso representa o evento inflamatório agudo, enquanto a fístula representa o processo inflamatório crônico.



Abscesso: Ponta da seta.















B. Abscesso perianal:

Anatomia:
- O sucesso na erradicação da supuração e da fístula anorretal requer um conhecimento profundo da anatomia anorretal. É essencial a compreensão da existência de eventuais espaços anorretais.
- O espaço perianal está localizado na área da margem anal. Continua-se lateralmente com a gordura isquioanal ( gordura que ocupa o espaço lateral do canal anal e reto) e medialmente com a parte inferior do canal anal. É contínuo com o espaço entre os músculos formadores dos esfíncteres anais.





















Causa:
- Noventa por cento de todos os abscessos anorretais resultam de infecções das glândulas anais, enquanto o restante resulta de outras causas.



Glândula:
















- A obstrução do ducto da glândula anal, resultará em estase da secreção, infecção e formação do abscesso perianal que drenará e formará a fístula perianal.



Fístula:




Fístula perianal:













- Os fatores predisponentes para a formação da fístula anal, incluem diarreia e traumatismo sob a forma de fezes endurecidas.
- Os fatores associados podem ser as fissuras anais, infecção de um hematoma, ou doença de Crohn.


Doença de Crohn:
















Causas do abscesso perianal:
Inespecífica, criptoglandular, doença de Crohn, colite ulcerativa, infecção, tuberculose, traumatismos, corpo estranho, cirurgia, episiotomia, cirurgia de hemorroida, cirurgia da próstata, leucemia, linfoma radioterapia.


Classificação:
- De acordo com a sua localização nos espaços anorretais potenciais, podem ser classificados, em:
Ver a figura:






Avaliação e tratamento:

Sintomas:
- Dor, tumefação e febre são as principais características associadas ao abscesso.
- Dor retal grave acompanhada de sintomas urinários como ardência, retenção ou incapacidade de urinar pode ser sugestiva de abscesso entre os músculos formadores dos esfíncteres anais superficiais e profundos.

Exame clinico ou físico:
 - Inspeção: Evidenciará uma área avermelhada, tumefeita com flutuação.
- Nos abscessos profundos o exame retal e vaginal poderão ser extremamente doloridos.
- Exames endoscópicos são inadequados pela dor e desconforto que poderão causar.



Tratamento:
- Basicamente, o tratamento de um abscesso anorretal consiste em incisão, drenagem e antibióticos adequados.
- Raramente, o atraso no diagnostico e tratamento dos abscessos anorretais poderá resultar em infecção necrotizante e óbito.

Cirurgia: Abscesso
- A drenagem deverá ser feita através de uma incisão cruciforme ou elíptica, retirando-se os bordos para evitar um fechamento precoce da pele. A drenagem dos abscessos perianais poderá ser realizada sob anestesia local.


Drenagem:


















Os abscessos anais superficiais poderão ser drenados sem a utilização de drenos e os abcessos profundos, poderão ser drenados com drenos laminares ou mesmo com o auxilio de cateteres de borracha maleável com extremidade em forma de cogumelo de 10-16 French, inserido através de uma cânula na cavidade do abscesso.  



Dreno:


















- Entre os pacientes com abscessos drenados, 11% podem desenvolver fístula enquanto 37% podem desenvolver recidiva do abscesso anal. Isso ocorre com maior frequência nos abscessos anais profundos.
- A falha em identificar uma abertura interna poderá ocorrer em 66% dos pacientes.    
- 50% dos pacientes após o  primeiro episodio da formação de um abscesso, não formaram fístula.
- Fistulotomia: Consiste na abertura do trajeto da fístula perianal. Fazer se tiver experiência e se achar o orifício interno no  momento da drenagem do abscesso.
Cuidado: A insistência na busca de uma fístula poderá levar à formação de um falso trajeto e secção desnecessária do músculo esfíncter anal com risco de incontinência anal.



Abscessos anais  x HIV:
- Os pacientes que são soropositivos para o vírus da imunodeficiência humana ( HIV) e apresentam abscessos necessitam de drenagem, quer por incisão e drenagem ou por cateter.
- Como estes pacientes são imunodeprimidos, devem ser usados antibióticos.
- Os esforços devem ser dirigidos para manter pequenas feridas, pois esses pacientes correm o risco de má cicatrização. Um aumento da incidência de sepse ou infecção perineal grave pode ser observada em pacientes HIV- positivos.






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